quinta-feira, 31 de março de 2011

Babel, bordar, brincar...




Esta babel
em que vivemos
nos toma o tempo
o lugar
o invento

Nos faz correr
nos faz, sem tempo
de soletrar
e de brindar
contento 

Esta babel
que somos nós
fez o brincar
perder
seu tempo

Mas ao correr atrás do vento
Vejo o luar de aquarela
Vejo uma caixa e dentro nela
Tecidos, fios, cores, janelas

Vejo os amantes presos  na tela
E nas florinhas as libelulas
No meu  bordado voam moréias


E na babel do pensamento
ecoam o dom,  tom,  talento
enquanto agulha, tecido e fio
dançando rebordam o tempo!