sexta-feira, 13 de maio de 2011

Autores sem face, exposição sem vernissage, arte sem limites...


A abertura do espaço on line para exposição e expressão da arte,  gerou novos paradigmas da exposição artísitica. 

O convencional salão de artes, com seus glamourosos paineis e cartazes, com o tradicional curador e a vernissage, ficou guardado na memória de tantos artistas que não conseguiram fazer parte dessa festa.

A fotografia ganhou lugar de destaque nesse novo ambiente pois é atraves dela que a obra se mostra.  

Fotografar a peça de arte  tornou-se uma habilidade necessária ao artista de todas as linguagens e expressão.

O detalhamento possibilitado pelos recortes da imagem e seus zoons,  permite apresentar ao expectador faces da obra que, diante dela, não se obtém.


Assim temos uma nova abordagem de exposição da arte, fazendo surgir com ela, também um novo admirador. Não mais aquele que percorre os salões de arte, mas navega nos corredores do ciberespaço em busca do belo e seus milhares de autores sem face.

A vernissage agora é permanente
O salão de arte: blog, o facebock, o flick e outros espaços, abertos gratüitamente
é a nova era da arte sem limites territoriais
sem cartazes nas praças e na frente dos teatros
sem curador
sem catálogo
sem porteiro e bilheteria
sem lugar físico
sem face
no espaço

quinta-feira, 31 de março de 2011

Babel, bordar, brincar...




Esta babel
em que vivemos
nos toma o tempo
o lugar
o invento

Nos faz correr
nos faz, sem tempo
de soletrar
e de brindar
contento 

Esta babel
que somos nós
fez o brincar
perder
seu tempo

Mas ao correr atrás do vento
Vejo o luar de aquarela
Vejo uma caixa e dentro nela
Tecidos, fios, cores, janelas

Vejo os amantes presos  na tela
E nas florinhas as libelulas
No meu  bordado voam moréias


E na babel do pensamento
ecoam o dom,  tom,  talento
enquanto agulha, tecido e fio
dançando rebordam o tempo!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Razão e sensibilidade

RAZÃO E SENSIBILIDADE traduz o embate revelado nos diálogos e atitudes que se materializam no  bordado e  aquarela em tecido, criando, na identidade de árvores e pássaros, esse contraponto.

Cores opostas, idéias contrárias, sentimentos expressos nas mais variadas formas descortinam-se  nesse meu último bordado.

Razão e Sensibilidade, a inspiração desse trabalho  existe . Trata-se de um homem e uma mulher que viraram árvores e pássaros na convivência contraditória de suas florestas pessoais.

Sobre o bordado:
As linhas utilizadas são tingidas fio a fio numa arte desenvolvida por Lúcia Schwery, divulgada e aplicada pela Jacirema Ferreira em alguns de seus bordados e  nas aulas práticas que realiza em seu ateliê e outros espaços.

Esse recurso criado pela Lúcia nos oferece uma nova perspectiva para os matizados e as criações que buscamos, ao transformar e redirecionar os efeitos da mistura de cores dos fios. Ultrapassa o paradigma das linhas industrialmente coloridas criando o mesclado de nuances das cores.

Parabenizo a Lúcia pela iniciativa original e atitude de pesquisa.
Parabenizo a Jacirema pelo engajamento na prática do bordado,  que se confirma na pesquisa pelas inovações e suas aplicações, e incansável divulgação no meio artístico.